O homem que trabalhava em uma siderúrgica receberá R$ 50 mil
Um trabalhador de uma siderúrgica em Minas Gerais será indenizado em R$ 50 mil após sofrer assédio moral no ambiente de trabalho. O funcionário desenvolveu transtornos de ansiedade e depressão devido aos constantes apelidos pejorativos, como "Calopsita Manca", que eram usados por seu chefe e colegas para ridicularizá-lo. A Justiça do Trabalho de Minas Gerais reconheceu o vínculo entre os problemas de saúde mental e o assédio sofrido.
O caso teve origem após o trabalhador sofrer um grave acidente de moto em 2010, que resultou em sequelas permanentes, como dificuldade de locomoção e encurtamento da perna direita. Apesar de várias cirurgias, ele não conseguiu corrigir totalmente o problema. No ambiente de trabalho, o chefe iniciou as ofensas, e outros funcionários passaram a imitar sua forma de andar, criando situações humilhantes, inclusive em grupos de WhatsApp.
A relatora do processo, desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini, destacou que a empresa descumpriu obrigações de cuidado com a saúde do trabalhador, agravando sua condição. A decisão determinou o pagamento de R$ 30 mil por danos morais relacionados à doença ocupacional e R$ 20 mil por assédio moral, totalizando R$ 50 mil como indenização. A decisão visa, além de reparar o dano, atuar de forma pedagógica contra práticas semelhantes no ambiente de trabalho.
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