Sistema garante atendimento especializado em até três horas e amplia segurança ambiental e rodoviária no estado
Foto: SPDC/ Divulgação
Santa Catarina passa a contar com um modelo inédito para responder rapidamente a acidentes envolvendo produtos perigosos, como vazamentos de cargas químicas em rodovias. O sistema garante que uma empresa especializada atenda a ocorrência em até três horas, com cobertura em todas as regiões do estado e investimento de cerca de R$ 1,2 milhão.
A iniciativa foi estruturada pela Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SPDC/SC) e prevê quatro níveis de ocorrência, conforme a complexidade do vazamento, além de um item específico para o descarte ambientalmente adequado dos resíduos gerados. A empresa contratada terá bases operacionais regionalizadas próximas a Chapecó, Criciúma, Joinville e Lages, garantindo rapidez e eficiência na resposta.
O modelo foi impulsionado pelo grave acidente no Morro dos Cavalos, em abril deste ano, quando um caminhão carregado com álcool etílico tombou, pegou fogo e causou o vazamento do produto. A rodovia precisou ser interditada por mais de 12 horas, impactando 25 veículos e deixando seis vítimas. A demora na resposta por parte da transportadora evidenciou a necessidade de um atendimento estadual ágil e especializado.
Somente em 2025, a Defesa Civil registrou 38 ocorrências de médio e grande porte envolvendo produtos perigosos, acompanhadas pela Gerência de Produtos Perigosos (GEPPE). Além do atendimento direto, a GEPPE coordena a Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos (CE-P2R2), formada por 42 órgãos e entidades, e realiza operações de fiscalização junto à Polícia Militar Rodoviária e à Polícia Rodoviária Federal.
A capacitação técnica é outro ponto central. Mais de 100 profissionais foram treinados em cursos presenciais neste ano, e em 2026 estão previstos cursos EAD reformulados e treinamentos especializados para emergências radiológicas e com gases como cloro, amônia e GLP. Além disso, a Defesa Civil investiu em equipamentos de contenção e absorção de produtos químicos, com previsão de novos investimentos de R$ 5 milhões em 2026.
O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, destaca que o modelo reforça o compromisso do Estado com a prevenção, proteção ambiental e segurança da população, garantindo respostas rápidas e reduzindo impactos de acidentes rodoviários envolvendo produtos perigosos.
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