Monitoramento revela 99 baleias no litoral sul, incluindo 38 pares de fêmeas com filhotes e 23 adultos solitários
O primeiro sobrevoo da temporada 2024 de avistagem de baleias-francas registrou um recorde de 99 animais no litoral sul de Santa Catarina. Realizado na última sexta-feira (19), o monitoramento abrangeu toda a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, desde Florianópolis até Balneário Rincão (SC) e Torres (RS). Esta ação integra o Programa de Monitoramento de Baleias-Francas da SCPAR Porto de Imbituba, iniciado em 2009, e contou com a participação de profissionais do ProFranca/Instituto Australis, Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, além de um biólogo da Prefeitura de Imbituba.
O Programa de Monitoramento do Porto de Imbituba 2024, que começou na última semana de junho e continua até novembro, inclui observações terrestres diárias a partir de pontos fixos nas praias do Porto e Ribanceira em Imbituba. O grande número de baleias adultas sem filhotes, observado principalmente no sul de Florianópolis e no litoral sul do estado, chamou a atenção da equipe de monitoramento. Essas baleias estavam envolvidas em intensa atividade social, sugerindo grupos de acasalamento. As maiores concentrações de baleias foram registradas no sul de Florianópolis (17), Garopaba (20), Imbituba (22), Laguna (26), sul de Santa Catarina (13), e Itapeva-RS/sul de Torres (1).
O diretor-presidente do Porto de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto, destacou a importância do monitoramento para a conservação e segurança da espécie. Karina Groch, diretora de Pesquisa do ProFranca, observou que o número de baleias avistado foi o maior registrado para julho, superando o recorde anterior de 68 baleias em 2015. Paulo Márcio de Souza, chefe do departamento de saúde, segurança e meio ambiente do Porto de Imbituba, ressaltou o compromisso do programa de monitoramento em compensar o passado de caça de baleias na região.
Durante o sobrevoo, foi registrado um antigo conhecido dos pesquisadores, a baleia B228, que possui uma mancha cinza no dorso e já teve vários filhotes em Santa Catarina, o mais recente em 2019. Também foi avistado um filhote semi-albino, catalogado como B401, nascido de uma fêmea frequente no litoral catarinense.
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