Antônio Ceron está preso desde fevereiro de 2023; ele é investigado por participação no esquema de pagamento de propina em troca de favorecimento em licitações
Preso pela Operação Mensageiro desde fevereiro de 2023, o prefeito de Lages, Antônio Ceron, se recusou a depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Vereadores, confirmou nesta terça-feira (20) a defesa do político.
A oitiva estava marcada para quarta-feira (21). Segundo a NDTV, a decisão de não ir à Câmara está amparada em uma decisão da Justiça que permitiu Ceron escolher se iria ou não à CPI, com base no direito de não produzir provar contra si mesmo.
A CPI investiga o esquema de corrução que, de acordo com o MPSC, envolve a Serrana e a Semasa (Secretaria Municipal de Água e Saneamento). O colegiado é um desdobramento da Operação Mensageiro, que investiga pagamento de propina em troca de favorecimento em licitações de serviços públicos.
O prefeito de Lages havia sido intimado a sair da prisão domiciliar para falar com os parlamentares nesta quarta-feira (21), às 13h30.
O pedido da defesa de Ceron para que o prefeito não fosse obrigado a comparecer foi acatado pela desembargadora Cinthia Schaefer, responsável pela Operação Mensageiro. A magistrada concedeu o mesmo direito aos ex-secretários Eroni Delfes Rodrigues e Antônio Arruda.
Rodrigues era responsável pela Secretaria de Serviços Públicos de Meio ambiente e Arruda pela pasta de Administração e Fazenda. Ambos foram presos preventivamente após a investigação do MPSC.
Empresa investigada na Operação Mensageiro ganha licitação em Lages
A Versa Engenharia, antiga Serrana, venceu o lote de uma licitação para coleta de lixo em Lages, na Serra Catarinense nesta segunda-feira (19). A informação é da NDTV.
A empresa é investigada pela Operação Mensageiro pelo suposto pagamento de propina em troca de favorecimento em licitações de serviços públicos.
Conforme reportagem do ND Notícias, a Versa ganhou um lote do contrato emergencial para coleta de lixo no município. Os três serviços eram prestados pela empresa, que antes era denominada de Serrana. Desta vez apenas um deles será gerenciado por ela.
Nos três contratos, o preço cobrado pela Serrana era superior ao das empresas que venceram a licitação do contrato emergencial desta segunda-feira, inclusive a da Versa Engenharia.
Os contratos são válidos por 180 dias. Ao longo do período, uma nova licitação deve ser lançada para contratar definitivamente a empresa prestadora.
A contratação ocorre após a CPI da Câmara de Vereadores de Lages, que apura as circunstâncias do esquema no município, recomendar que a Serrana (Versa) não participasse do processo de escolha.
De acordo com a Justiça catarinense, a Serrana não tem impedimento para concorrer ou prestar um serviço público, mesmo sendo alvo da Operação Mensageiro.
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