Umas das entidades defende que o maior contágio se deve ao convívio social indiscriminado e irresponsável
Entidades catarinenses manifestaram apoio neste sábado (27) às medidas de enfrentamento à Covid-19 adotadas pelo governo do Estado. Os representantes de diversos segmentos econômicos defenderam as determinações do Decreto 1.172, que suspende o funcionamento de serviços não essenciais das 23h desta sexta-feira (26) até as 6h de segunda-feira (1º) e no próximo fim de semana.
As entidades destacaram que o setor produtivo tem adotado, desde o início da pandemia, todos os cuidados e protocolos de proteção da saúde. O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) manifestou seu apoio às medidas restritivas previstas nos dois decretos do governo do Estado.
O Cofem defendeu, em nota, que, “com a devida observância dos protocolos sanitários, a segurança dos trabalhadores é garantida e que a adoção de um lockdown completo não é a melhor resposta para enfrentar o agravamento da pandemia”.
O conselho é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.
“A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca. A indústria está comprometida com a sociedade e desde o início da crise desenvolveu inúmeras ações de apoio”, disse o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Ele também lembrou que a atividade industrial faz parte de uma cadeia essencial, e, por isso, sua interrupção teria graves consequências, inclusive para produção de alimentos, bebidas, embalagens e outros itens necessários ao enfrentamento da pandemia.
Para o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com o decreto em vigor. “Vamos aguardar os resultados do atual decreto para depois, caso não tenha surtido efeito desejado, adotar medidas mais duras”.
Neste sexta-feira (26), a Facisc emitiu um comunicado apoiando o decreto do governo estadual. A entidade congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas em Santa Catarina.
A Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) também reiterou o posicionamento do governo. Em nota, apoia as restrições nos fins de semana por considerar o período com maior número de aglomerações clandestinas.
“A contaminação não vem só de quem trabalha, aliás quem trabalha gera economia para o custeio das atividades do Estado. Creditamos o maior contágio ao convívio social indiscriminado e irresponsável”, declara o texto.
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