Os candidatos compartilharam suas propostas e objetivos para a cooperativa
Na manhã desta quinta-feira, 20, Ricardo Medeiros, candidato à presidência da Cerbranorte Distribuição, e Ronaldo Fornazza, candidato à presidência da Geração Cerbranorte, pela Chapa 2, participaram de entrevista no Jornal Hora Hiper, transmitido pela Rádio Hiperativa FM. Durante a conversa, ambos falaram sobre suas candidaturas e destacaram a importância da participação dos associados nas próximas eleições, que contarão com quase 11 mil eleitores aptos a votar.
Ricardo Medeiros, visivelmente surpreso com o apoio recebido ao longo da campanha, ressaltou que, apesar do carinho, ainda há muito a ser feito para convencer os associados a exercerem seu direito de voto. "O futuro da cooperativa está nas suas mãos", afirmou. Para ele, é fundamental que os associados participem da eleição para garantir a continuidade do desenvolvimento da cooperativa.
Ronaldo Fornazza, por sua vez, destacou o apoio espontâneo que recebeu e frisou a importância da participação ativa dos associados na assembleia e nas eleições, mesmo que a presença não seja obrigatória. "É uma questão de responsabilidade com o futuro da cooperativa", declarou.
Ricardo explicou os motivos de sua candidatura, revelando que há algum tempo tinha o desejo de concorrer, mas respeitou o momento certo. Ele explicou que, durante a construção da chapa, teve a oportunidade de perceber que a atual gestão conta com o apoio de pessoas que, no passado, cometeram erros e que, por isso, não pode haver retrocesso. "A Cerbranorte é uma empresa com características de uma empresa pública. Fornecer energia de qualidade é nossa obrigação, mas podemos resgatar o espírito cooperativista e olhar para as demandas da cooperativa", afirmou.
Ronaldo, por outro lado, relatou que sua motivação vem do gosto pelas pessoas e pela mudança que percebe nas comunidades e nos associados. Ele contou sobre sua experiência no conselho fiscal, quando se discutiu a implantação da PCH Capivari, e afirmou que as duas cooperativas devem caminhar juntas, sempre em busca do melhor para os associados e as cidades atendidas.
Durante a entrevista, Ronaldo também criticou a atual situação do fornecimento de energia e a falta de suporte para as propriedades e empresas que investem em tecnologia e automação. "Hoje, o associado tem que investir em transformadores para sua propriedade, mas depois tem que doar para a cooperativa. Isso é um absurdo", disse. Ele também questionou as restrições impostas pela ANEEL em algumas cidades, como Braço do Norte, e a desigualdade no tratamento de municípios em relação a outros.
Ricardo comentou sobre a Resolução Normativa número 1.000, de 2021 da ANEEL, que limita algumas ações da cooperativa, mas defendeu que a cooperativa deve buscar alternativas jurídicas para contornar as restrições e oferecer mais suporte aos associados. "A todo momento, se ouve que nada pode ser feito, mas estamos buscando respostas e amparo jurídico para encontrar soluções. Há exemplos de outras cooperativas, como as de Grão-Pará e Tubarão, que têm feito projetos viáveis", afirmou.
Sobre a distribuição de faturas, Ronaldo criticou a maneira como as faturas foram distribuídas na última vez, destacando que alguns associados receberam contas com valores exorbitantes, enquanto outros foram cobrados de forma muito inferior. Ele sugeriu que a distribuição das sobras possa ser feita de maneira mais justa e transparente.
Ricardo também falou sobre o repasse de recursos para as entidades. Ele afirmou que conhece as dificuldades enfrentadas pelas instituições e propôs um modelo de repasse mais flexível, que permita maior conforto para as entidades e amplie o prazo de prestação de contas. "Hoje, as entidades enfrentam dificuldades até com pessoal, por isso é necessário ampliar os prazos", disse.
Ronaldo completou, dizendo que a proposta da Chapa 2 é ouvir as entidades e suas necessidades, pois elas estão na linha de frente e sabem melhor do que ninguém o que é necessário. "Não somos nós, da diretoria, que devemos determinar o que precisa ser feito. As entidades sabem o que deve ser feito", afirmou.
Por fim, tanto Ricardo quanto Ronaldo ressaltaram a importância de investir constantemente na melhoria e ampliação da rede elétrica, especialmente em Rio Fortuna, onde há uma demanda crescente e o risco de colapso no fornecimento de energia. "Não podemos permitir que Rio Fortuna fique em segundo plano", concluíram.
Receba as principais informações do portal em nosso grupo de leitores do WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/GFBj961lXAC5HR6GTjhg4JId