Participação de mulheres no quadro societário das empresas aumentou em 2025, fortalecendo o empreendedorismo feminino
Foto: Leo Munhoz/SecomGOVSC
O Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, celebrado nesta quarta-feira, 19, é marcado pelo crescimento da participação de mulheres no comando e no quadro societário de empresas em Santa Catarina. Conforme dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), o estado tem mais de 1,25 milhão de mulheres empreendedoras, número que tem crescido nos últimos anos.
As mulheres representam 38,2% do total de empreendedores considerando o volume de empresas ativas em Santa Catarina. No entanto, somente entre as empresas abertas em 2025 elas representam 40,8%. Ou seja, a participação de mulheres cresceu, principalmente com micro e pequenas empresas. Apenas neste ano foram quase 140 mil mulheres registradas como proprietárias ou sócias de empresas.
“O crescimento da participação de mulheres liderando as empresas reflete a força e a capacidade feminina. Elas estão empreendendo mais, inovando e investindo. E o empreendedorismo feminino é uma das prioridades do governador Jorginho Mello e minha. Por isso investimos na criação e manutenção de iniciativas como o Pronampe Mulher e os programas Mulheres+Tec e Mulheres+Pesquisa. Ações essenciais para que as catarinenses tenham mais opções para criar suas empresas, garantindo sua independência e gerando emprego e renda”, destacou a vice-governadora Marilisa Boehm.

Fonte: Jucesc
Mulheres na indústria, comércio e serviços
Conforme os dados da Jucesc, as mais de 1,25 milhão de empreendedoras catarinenses atuam em diversos setores econômicos. A maior parte empreende no comércio e reparação de veículos, com participação de 343 mil mulheres sócias e proprietárias. Na sequência aparecem os setores de indústria da transformação (158 mil) e atividades administrativas e serviços complementares (101 mil).
Distribuição pelos principais setores econômicos
Total: 1,25 milhão
- Comércio e reparação de veículos: 343 mil
- Indústria da transformação: 158 mil
- Atividades administrativas e serviços complementares: 101 mil
- Alojamento e alimentação: 95 mil
- Atividades profissionais, científicas e técnicas: 91 mil
- Outras atividades de serviços: 87 mil
- Saúde humana e serviços sociais: 70 mil
- Construção: 56 mil
- Atividades imobiliárias: 54 mil
- Transporte, armazenagem e correio: 49 mil
Para a vice-presidente da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), Fabiana Everling, o empreendedorismo feminino gera um ciclo positivo na economia. “Esses números mostram sobretudo um grande empreendedorismo feminino e isso se dá por diversos fatores. A mulher saiu em busca do seu próprio negócio, de legalizar as atividades que eventualmente ela já desenvolvia sem essa formalização. A mulher tem se qualificado cada vez mais e aí ela empreende no seu próprio negócio. E, além de fazer a sua renda, ela gera renda, gera emprego”, destaca.
Empresária de São João Batista comanda indústria calçadista
Uma das mais de 1,25 milhão de empreendedoras catarinenses é Suzana Santos, líder da fábrica que leva o seu nome e produz calçados femininos em São João Batista. Em todas as plantas da empresa, em Santa Catarina e na Bahia, são mais de 2,5 mil funcionários que trabalham na produção de sandálias, tênis, tamancos e rasteirinhas.
“Hoje a gente atende em todos os estados e exporta para uma média de 25 países. A gente é uma empresa muito inovadora e pensa muito em evoluir, buscar as mudanças que o mercado pede, então a gente desenvolve os produtos de acordo com as necessidades do consumidor”, explica Suzana Santos.

Indústria fabrica sandálias, tênis, tamancos e rasteirinhas – Foto: Leo Munhoz/SecomGOVSC
A indústria é familiar e hoje é tocada por Suzana e pelo seu irmão. Ela é responsável pela parte comercial, estilo, criativo, bem como marketing. Com o sucesso da marca, a empresa verticalizou a produção e passou a fabricar também parte da matéria-prima. Conforme Suzana, empreender em Santa Catarina tem diversas vantagens.
“Santa Catarina é um estado próspero, é um estado que tem muita oportunidade e mão de obra qualificada. Aqui a parte da logística é muito diferente, temos mais opções. A gente também está próximo da maioria dos clientes, daqueles estados que tem grande potencial de venda”, explica.
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