Você sabia que é possível cadastrar uma nascente ou um córrego e protegê-lo?
A preservação de nascentes e córregos têm vários projetos na Amurel. Mesmo que muitos não saibam, é uma realidade. Preocupados com a situação da região, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, vem desde de 2008 trabalhando para proteger as nascentes na região da Bacia do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, através da adoção de projetos desenvolvidos em parceria com entidades, órgãos de fiscalização como Instituto de Meio Ambiente (IMA) Ministério Público, contanto com a participação de grupos proprietários de Pequenas Centrais de Produção de Energia Elétrica e muitos outros parceiros.
Sabe-se que quando as nascentes encontram-se dentro de propriedades rurais, o produtor pode adotar certas medidas de proteção do solo e da vegetação que englobam, desde a eliminação das práticas de queimadas até o enriquecimento das matas nativas, a fim de preservar e recuperar as nascentes. Ressalta-se que quando há presença abundante de água em uma fazenda ou sítio, isso significa riqueza, facilidade de produção, alternativa de diversas fontes de renda. Por isso, o produtor deve conhecer todas as técnicas de recuperação e preservação de nascentes, a fim de garantir sempre esses benefícios.
Conforme o secretário executivo e coordenador da Câmara Técnica de Nascente, Patrício Mendonça Fileti, o trabalho primeiro consiste em identificar as nascentes, cadastrá-las e estudá-las para garantir a melhor forma de proteção. Que pode acontecer com o plantio de mudas nativas até mesmo a proteção com cercas e construções que consigam evitar a degradação da natureza.
Patrício explica, que em todos esses anos, o comitê já identificou e vêm monitorando 58 nascentes em diferentes cidades. Destas, conseguiram manter 54 nascentes ativas e que continuam a fornecer água de qualidade para as pessoas. “Nossa intenção em 2021 é cadastrar mais 60 nascentes e córregos. Nosso trabalho já distribuiu desde de 2008, mais de 300 mil mudas de árvores nativas frutíferas, como Ingazeiros, Cereja Preta, Araçá, Grumixama e outras e também arvores nativas como Cedro, Canela, Imbuia, que são usadas tanto na preservação dos arredores das nascentes, como também para proteção da mata ciciar e conservação de córregos e lagos.” - finaliza o secretário.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, está disponível para prestar qualquer esclarecimento a respeito dos cadastros. Para detalhes, basta dirigir-se até a sede da Amurel, na Rua Rio Branco, 67, bairro Vila Moema, em Tubarão. Ou ligara o (48)3626-5711.
Nosso bem mais precioso
Entre os diversos recursos fornecidos pela natureza, a água é o mais essencial ao seres vivos. Ela é um recurso natural insubstituível para a manutenção da vida saudável e do bem estar de todos. Mas, mesmo sabendo disso, ao longo dos anos o homem por meio de suas ações vem desmatando encostas e matas ciliares, usando indevidamente os solos, diminuindo a quantidade e a qualidade da água, chagando ao ponto de ficar sem esse bem tão necessário para uma boa qualidade de vida.
Para que se possa reverter essa situação de descaso por anos, é mais do que necessário, melhorar a qualidade da água para o consumo e sua utilização em todos os aspectos necessários, além de preservar as nascentes e o meio ambiente devem ser medidas constantes em fim de garantir a sobrevivência tanto humana quanto das espécies de plantas e animais que habitam a superfície terrestre.
Quanto aos processos de recuperação e conservação de nascentes, eles se baseiam, principalmente, na adoção de procedimentos que atuam na relação solo x água x planta. Os fundamentos básicos desses procedimentos são a proteção da superfície do solo, a criação de condições favoráveis à infiltração da água no solo e a redução da taxa de evapotranspiração. Outro método de preservação das nascentes é por meio da construção de cercas, de forma a fechar a área da nascente, evitando a entrada de animais e, por consequência, o pisoteio e compactação do solo. Além disso, deve-se preservar a limpeza nas proximidades da cerca.