Veiculação pode ser decisiva na estratégia para ganhar a eleição
Os eleitores de todo o país têm até o dia 03 de outubro para acompanhar, no rádio e na televisão, as propostas dos candidatos a prefeito e vereador. Este ano, o horário gratuito, para o primeiro turno, começou no dia 30 de agosto. Candidatos e partidos se utilizam deste nobre e importante espaço dos veículos de comunicação de massa para usarem estratégias para conquistar o voto do eleitor/ouvinte/telespectador.
O horário eleitoral gratuito está completando 59 anos e muitos ainda questionam sua importância na definição da escolha dos brasileiros pelos candidatos. Afinal, em tempos de redes sociais em alta, a veiculação no rádio e televisão impactam o desempenho das candidaturas? A resposta é sim.
Na penúltima eleição presidencial, Jair Bolsonaro tinha poucos segundos no horário eleitoral e, mesmo assim, venceu o pleito com ação na internet. Muitos apontaram que seria o fim da era da propaganda em rádio e TV. Mas na última eleição, o fenômeno já não se repetiu. Nenhum marqueteiro quer correr o risco de apostar as fichas apenas na mobilização das redes sociais.
Que o digam candidatos de grandes capitais brasileiras que viram subir os números nas pesquisas após o início da propaganda no rádio e na televisão. Em Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, candidatos deram saltos depois que os eleitores começaram a acompanhar no rádio e na tv o que eles tinham a propor para suas cidades.
Muitos analistas explicam as razões. Uma delas é que quando começa a propaganda eleitoral há um despertar da população sobre o fato de que há uma eleição acontecendo. Quem está no poder e é candidato tem a oportunidade de mostrar realizações. Para os menos conhecidos é hora de se apresentar ao eleitor, mesmo com tempos curtos.
Por isso não é raro que a propaganda no rádio e na televisão ajude a diminuir a taxa de indecisos. É quase unanimidade entre os marqueteiros de que o rádio e a tv vão continuar coexistindo por muito tempo. Afinal, a forma como são consumidos os conteúdos das mídias tradicionais e das redes sociais é ponto fundamental na estratégia de comunicação das campanhas.
O rádio, que continua sendo um importante veículo de massa, é consumido geralmente quando o usuário está fazendo outra coisa, na academia ou no trânsito, por exemplo, e tem linguagem diferente daquela da televisão, em alguns casos claramente inspirada nas redes sociais, com mensagens curtas, repetitivas e de impacto, para fixar a mensagem na cabeça do eleitor. Já a rede social tem interação mais proativa, que depende da ação do usuário e, por isso, é mais aberta à linguagem agressiva.
Portanto, gostemos ou não, o horário eleitoral no rádio e na televisão, juntamente com as ações na internet, poderá decidir o pleito nos municípios brasileiros. É só não duvidar.
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