O filho das vítimas e seu cúmplice decidiram entrar na casa enquanto os pais dormiam. O jovem mataria a mãe, enquanto o amigo se encarregaria do pai
Após o homicídio, ele e seu comparsa planejavam abrir uma fazenda para o cultivo de maconha e viver dos lucros da droga
Na manhã desta sexta-feira (02), a Polícia Civil de Indaial, no Vale do Itajaí, realizou uma coletiva de imprensa para fornecer mais detalhes sobre o homicídio de Márcio Elizeu Melo. O crime ocorreu em Indaial, e novas informações da investigação revelam que o filho da vítima confessou ter cometido o assassinato junto com um amigo, motivado por revolta contra seus pais. A esposa de Márcio, mãe do criminoso, está hospitalizada devido aos ferimentos causados por ele, mas seu estado de saúde está melhorando.
Márcio era proprietário de uma pequena metalúrgica, e seu filho trabalhava na empresa. O jovem confessou que planejou o crime contra os pais porque se sentia tratado como um funcionário dentro e fora de casa, não como um filho. Além disso, ele revelou que o objetivo era matá-los para herdar o dinheiro. Após o homicídio, ele e seu comparsa planejavam abrir uma fazenda para o cultivo de maconha e viver dos lucros da droga. Esses detalhes foram repassados à polícia durante o interrogatório.
O crime em si foi planejado meticulosamente. O filho das vítimas e seu cúmplice decidiram entrar na casa enquanto os pais dormiam. O jovem mataria a mãe, enquanto o amigo se encarregaria do pai. No entanto, durante a execução, o assassino perdeu a arma original e precisou pegar outra faca na cozinha da casa. Eles entraram com os rostos cobertos, mas foram flagrados pelas câmeras de segurança. Os policiais reconheceram o modo de andar do jovem de 18 anos.
Quando entraram na residência, o pai da vítima acordou e surpreendeu o amigo pela casa. O cúmplice, então, esfaqueou o homem. A mãe também acordou e foi atacada pelo próprio filho. O comparsa desferiu mais facadas nela, e ambos acreditaram que ela estava morta. No entanto, ela foi levada ao hospital com ferimentos graves.
Comparando esse crime ao famoso caso de Suzane von Richthofen, o delegado Filipe Martins Alves Pereira afirmou que considera este ainda mais cruel. Enquanto Suzane abriu a porta para os criminosos que mataram seus pais, o jovem de Indaial foi o próprio executor do crime.
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